A REDACÇÃO DA PAULINHA - 1ª PARTE
Redacção: Eu gosto da Dina (2º capítulo):
Como disse no outro dia, eu gosto muito da Dina e ela é muito nossa amiga, e eu hoje no concerto com a Tranquilidade, que nos ofereceu rosas, na Junta de Freguesia do Estoril, pude ver isso outra vez. Então decidi dizer-lhe outra vez ainda como gosto dela, porque ela merece e mostrou hoje como gosta de nós (e de mim nem se fala!). E nisto de amigos nós devemos dizer-lhes todos os dias que gostamos deles, porque eles ficam mais contentes consigo próprios e mostram-nos que também gostam de nós (a vida já me ensinou isto e a Dina também). Ora hoje, quando me viu mascarada de tenor, com o papillon que a Eloi, a nossa índia, me fez (esta também é muito amiga e tem mãos de fada e um coração de estrela e eu vou ter muitas saudades, quando ela for para o Brasil por causa da reforma que o nosso país não lhe dá e que pena que o país perca este coração e estas mãos e desculpem este grande parêntesis porque quando gostamos tem de haver sempre parêntesis para explicar aos amigos porque gostamos, se não eles não percebem tão bem e acabou o parêntesis e eu vou ter de repetir a frase inicial porque já não me lembro do que estava a dizer sobre a Dina), ah! já sei, hoje a Dina veio ter comigo de braços abertos e disse que me queria dar um grande beijinho. Eu, claro! estendi logo a bochecha direita que era a que tinha mais perfume, onde o frasco me tinha escorregado das mãos (e, cá para nós, também era onde cheirava menos a tabaco e foi para eles não me começarem a dizer as mesmas coisas, que antes dos concertos eu fico nervosa a pensar que me vai falhar a voz e eu já desci dos contraltos para os tenores e não quero descer mais), e recebi um dos beijinhos mais repenicadinhos da Dina e um grande abraço. Então hoje eu percebi que aos nossos amigos, quando queremos mostrar, devemos dar beijinhos e abraços e isto é a vida e foi a Dina e a minha outra vida que me ensinaram o que eu aprendo todos os dias, porque a Dina estava muito feliz com o primeiro post que eu pus sobre ela quando a Dadinha, a nossa directora que faz o blog, colocou nele a fotografia da “Aldina a nossa maior fã” (e já estou a fazer um parêntesis para explicar as aspas porque era esse o título da fotografia onde eu fiz o post). Nesse post eu dizia que a Dina para além de fã, como mostrou no concerto da Regaleira, era muito nossa amiga porque gritava “Bravo” quando cantávamos melhor e batia palmas de pé, muito contente. E eu que estava na minha cadeira alta e podia ver tudo, até o maestro, pela primeira vez, fiquei muito contente e cantei melhor por isso.
As conversas são como as cerejas, como diz a minha mãe que, diz sempre as coisas mais acertadas, eu acho que é porque ela não se recusou a crescer com a vida, e eu que já me estou quase a perder na conversa sobre a Dina, mas todos fazem parte da minha vida. Assim como eu ia dizendo, hoje, para além do abraço e da beijoca e de todos os elogios à minha máscara de tenor, que eu assumi, finalmente, neste concerto a Dina preparou um grande lanche para toda a gente – e ela é, como pudemos ver, uma grande cozinheira e uma grande amiga. Só uma grande amiga podia fazer tanta coisa boa para nós – ele era pataniscas, sandes de bifana, azeitonas temperadas, bolas (com ô e não com ó que o nosso coro sofre de glicemia, já temos uma certa idade), vinho de Carcavelos tão doce e torta de marmelada (ai, a marmelada da Dina! com menos açúcar é muito melhor que a minha que fiz hoje e ficou muito enjoativa, porque eu não pus o peso certo de açúcar, fiz confusão: eu não tenho muito jeito para as contas e ando de cabeça no ar, porque eu gosto mesmo é de escrever e perco muito tempo a ler e a escrever e a minha marmelada nunca mais tem preceito e acabou o parêntesis, mais uma vez).
O banquete até parecia aqueles que a Câmara nos oferecia com fruta e tudo quando o governo não tinha decidido ainda cortar os subsídios aos municípios (o que faz toda a diferença, acho eu, e não só à cultura como a todos os munícipes, o que abrange quase todos os portugueses à excepção dos do governo que parece que têm de estar bem alimentados e remunerados porque são os únicos que trabalham para todos nós). E eu digo isto porque a minha mãe me ensinou desde pequena a olhar para fora e analisar as coisas com “olhos de ver” (lá vêm as aspas e os parêntesis para explicar que era o que ela dizia e eu gostava de a ouvir: eu pensava sempre que ela sabia muito e o meu mundo ficava maior e acabei os parêntesis que explicam as aspas).
Pois é, e foi a Dina que me mostrou isto tudo com os beijinhos e o lanche opíparo que nos ofereceu. Mas, segundo me constou, as outras senhoras do meu Coro também fizeram coisas para o lanche e eu fiquei contente por duas razões: porque todos gostamos uns dos outros e fazemos coisas e porque, como não me disseram nada, eu nada fiz e para mim foi uma grande surpresa ainda maior do que eu julgava ser possível e não tive trabalho na cozinha.
(LER 2ª PARTE DA REDACÇÃO, ABAIXO)
4 Comentários:
Querida Paulinha:
Tive muito gosto em publicar esta "carta aberta" com tantas coisas que nos fazem pensar...
Num mundo tão conturbado como o nosso, concordo em absoluto que os valores da amizade, do companheirismo, da compreensão da entre-ajuda, são valores a preservar(os que já existem) e a continuar a desenvolver os outros(que às vezes parecem ainda não ter atingido a sua maturidade) num grupo humano tão bonito como é o nosso Coro, que todos queremos ver crescer e consolidar-se na alegria responsável de um grupo de gente que se quer atenta a todos os que o compõem.
Estou certa que poderemos vir a ser um exemplo para quem ainda não percebeu que, dentro do respeito que é devido a cada ser humano e ao grupo em geral, podemos ser muito felizes!
Que o nosso canto e a nossa vida e a relação com os outros, possa vir a ser um exemplo de alegria.
Um grande obrigada também à Dina que serviu de mote a esta REDACÇÃO de vida, pois ela não canta mas é o nosso membro "Honoris Causa"
E agora beijinhos para todos e um abracinho também, pois como diz a Paulinha, deve-se dizer isso aos amigos, mas sobretudo sentir, nem que seja via Net!
...e DA BOA VONTADE ... AINDA SOBROU MUITA COMIDINHA DAS "DINAS" TODAS! AINDA SINTO O GOSTO NÃO DOS INGREDIENTES DA COMIDA, MAS DO EFEITO DOS INGREDIENTES + A ALEGRIA BARULHENTA E A SERENIDADE DO ALEGRE CONVIVER.
...MELHOR TEMPO É ESTE QUE FAZ DE NÓS AMIGOS PERFEITOS!!!
Obrigada á paulinha e a todos os membros do coro pela vossa simpatia e amizade. permitam-me só dizer que é muito fácil gostar de todos vocês e ser fã da vossa nobre arte do canto. Um grande bem haja a todos!
Espectáculo,Dina! Qualquer dia apanhamos-te no Messenger,com tantas modernices!
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