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sexta-feira, novembro 28, 2008

TEMA E VARIAÇÕES



TEMA E VARIAÇÕES

Lopes-Graça faz crítica musical na "Seara Nova". Entretanto, o que está a acontecer no resto do mundo? Consulta a
Tábua Cronológica.

1906: Na Hungria Bartók e Kodály publicam uma colecção de 20 canções populares. A 25 de Setembro o compositor russo Dimitri Chostokovich nasce em S. Petersburgo. Em Lisboa Fernando Pessoa é aluno voluntário de Filosofia do Curso Superior de Letras que abandona por motivo das revoltas estudantis contra a ditadura de João Franco. Os republicanos começam a fazer das suas no Portugal monárquico cheio de contradições.
A 17 de Dezembro de 1906, não longe da capital, em Tomar, nasce Fernando Lopes-Graça. Sobre a sua pequena cidade natal escreverá que é onde «o monumento completa a paisagem; a paisagem é o quadro digno do monumento; e a luz é o elemento transfigurador e glorificador da união quase consubstancial da Natureza com a Arte.»
Cresce no seio de uma família da pequena burguesia. O pai toma de trespasse o hotel que fora do padrinho. Entre os trastes que mobilam a casa, um velho piano. A brincar, o pequeno Fernando matraqueia o teclado. É o acaso que se lhe proporciona estudar música a sério. O tenente Aboim é hóspede no hotel paterno. Entusiasmado com as habilidades da criança, insiste para que tenha lições com a filha do seu general.
A completar este cenário, aristocratas e republicanos digladiam-se entre os sonidos da Serenata Tomarense e a Banda do Regimento. A populaça assiste à refrega entre as duas bandas rivais: Gualdim Pais, a «Música do pau teso», e a Nabantina, a «Música do cu aberto»; assim chamadas devido a estranhos ornamentos dos seus bonés.
A propósito do meio musical em que cresceu escreverá com humor Lopes-Graça: « Eu até entrei na música pelas mãos da tropa, e não pelas da Igreja ou da Nobreza, como nos belos tempos em que o músico era ungido do Senhor ou de Sais!». Apesar de tudo, num café de Tomar, através de um radio-receptor, ouve pela primeira vez "O Mar" de Debussy, dirigido por Toscanini. Descoberta decisiva nos caminhos futuros da sua formação e linguagem musical.
Aos 14 anos é pianista no Cine-Teatro de Tomar. Contra o que é habitual toca Debussy e compositores russos contemporâneos, a solo ou integrado no quinteto que formou.
Em 1923 ingressa no Curso Superior do Conservatório de Lisboa. São seus professores: Adriano Meira (Curso Superior de Piano), Tomás Borba (Composição) e Luís de Freitas Branco (Ciências Musicais). Em 1927 inscreve-se na Aula de Virtuosidade de um antigo aluno de Liszt, José Viana da Mota, seu mestre e amigo.
Matricula-se no ano seguinte na Faculdade de Letras de Lisboa em Ciências Históricas e Filosóficas. Apresenta-se pela primeira vez como compositor interpretando ele próprio as Variações sobre um tema popular português (1927) para piano solo. Funda em Tomar o semanário republicano «A Acção». Em 1929, com Pedro Prado, publica no Conservatório de Lisboa a revista «Música».
Em 1931 abandona a Faculdade de Letras de Lisboa como protesto contra certas medidas coercivas tomadas pelo Conselho Escolar durante uma greve académica. Termina o Curso Superior de Composição com a mais alta distinção. Obtém a 1ª classificação para o lugar de professor de piano e solfejo do Conservatório. Não chega a tomar posse por motivos políticos. É preso, desterrado para Alpiarça e escreve: «Revolução e Liberdade são sinónimos, são equivalentes. São leis imutáveis gravadas na face do Cosmo, eternas e divinas como ele.»
Volta à Faculdade de Letras mas não chega a acabar o curso. Convive com os poetas e escritores da revista «Presença», grupo de vanguarda da poesia portuguesa.
Em 1937 ganha uma bolsa para estudar em Paris, a qual acaba por lhe ser recusada pelas mesmas razões que o impediram de ser professor no Conservatório de Lisboa. No entanto, parte a expensas suas para Paris, onde estuda Composição e Orquestração com Koechlin.
Dias antes de partir para Paris, Lopes-Graça assiste a um concerto no Teatro Éden, em Lisboa. Francine Benoit encontra-se entre os presentes, na companhia de uma jovem aluna e pianista. É o início de uma amizade que durará mais de 50 anos. Maria da Graça Amado da Cunha será a intérprete favorita de Lopes-Graça.
Avizinha-se a 2ª Guerra Mundial. Em 1939 Lopes-Graça alista-se no corpo de voluntários dos Amis de la République Française. Colabora com muitos patriotas espanhóis exilados no rescaldo guerra civil espanhola. Recusa a naturalização francesa. Em Outubro, antes da bota nazi pisar a França, é obrigado a regressar e fixa-se em Lisboa.
Grande actividade como compositor, pianista, crítico teatral em "O Diabo" e musical na "Seara Nova". Lopes-Graça é um homem bem humorado. Diz o que pensa e pensa o que diz. Numa crítica nada favorável a um bailado acaba da seguinte forma: "E mais não direi, pois não sei se já disse de mais... Ah! esquecia-me de que tenho ainda uma coisa importante a dizer ou, antes, a confessar; não culpem outra pessoa do grito Basta! que, no momento mais enfadonho da Pastoral, retumbou no "galinheiro" de S. Carlos. Fui eu quem o soltou."
Organiza coros de amadores de música, ao mesmo tempo que escreve canções originais e harmoniza canções regionais portuguesas. Pedro Prado, o amigo e antigo colega de Conservatório, agora director de programas, convida-o a assumir a direcção da secção de música da Emissora Nacional. Recusa por não querer satisfazer as formalidades de ordem política
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