


'Cego'
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A peça teatral “O TINTEIRO” de Carlos Muñiz, voltou a estar à cena, em Portugal, a partir de ontem, no Teatro Lurdes Norberto, em Linda-a-Velha, levado novamente à cena com a magistral encenação do Mestre Armando Caldas.
Se vos disser que dei por mim a chorar, várias vezes, durante a peça, poderá parecer pieguice mas não é. Aquela peça relembra-nos o de mais sagrado existe dentro de nós;
A capacidade de olhar à volta e sentir no nosso próximo o belo e amar a liberdade de o poder sentir.
Carlos Muñir, o autor, continua, passados tantos anos de a ter escrito, a ser um “mestre” na arte de, pelo encantamento das suas imagens poéticas, arrebatar, de dentro de cada um de nós, a criança, o inocente, o bom e o mau, o triste e o feliz, o cobarde e o libertador, o poeta e o rastejante, o humanamente comprometido e o lambe-botas.
Todas as personagens desfilam naquele palco do Teatro Lurdes Norberto de Linda-a-Velha, onde a batuta do Mago Armando Caldas nos vai fazendo desfilar, personagens tristes de um drama que a é a nossa humanidade, transformando-nos quer em anjos quer em demónios que acordam dentro de nós ecos de uma inocência perdida, onde nenhum de nós consegue ser inocente nesta sociedade/monstro que criámos, onde aqueles que ainda pretendem viver sentindo o perfume das flores e ouvindo o chilrear dos pássaros,
não têm mais espaço para ser aceites e o único meio é aniquilá-los.
Acabámos com a pena de morte física, mas todos os dias, quantos crucificados, sobem aos altares da sociedade que construímos que, insaciável, chupa o sangue dos mais fracos com que se alimenta?
Resta-nos o Amigo, o Amigo sempre presente e que alumia, ou ajuda a alumiar o caminho e por ser luz nas trevas tem que desaparecer pois compromete o “status” que alimenta a máquina de aniquilar a carne, o sangue e o espírito da Humanidade.
Parece-me difícil que ao ver a peça, a grande maioria dos que me lêem, não se sintam como eu me senti ontem à noite. Lágrimas rolaram muitas vezes pela minha face, lembrando tempos da repressão instalada e amedrontados que nós éramos e que continuamos a ser, embora o país tenha mudado. Medo das repressões, da miséria, do opóbrio, das cadeias que em cadeia reprimem até à alma o homem que procura a Liberdade!
Foi uma grande noite. Uma bela noite. Uma noite diferente, porque diferentes eram as vistas da Libertação da alma…do sossego e do desassossego, da angústia e da amizade, da pequenez e do sopro Universal da Unidade.
Não deixem de lá ir. Vale muito a pena. Emocionem-se.
Faz falta emocionarmo-nos para não nos esquecermos….NUNCA!
Com amizade,
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