que a teoria dominante aponta para que - aquilo que
importa acima de tudo - é que o indivíduo pareça ser o
melhor em tudo, ainda que tenha de atropelar os outros.
Num coro, aquele que parece ser melhor do que os restantes,
é aquele que está a fazer mal, estragando o conjunto.
É sobre esta realidade que nós nos devemos debruçar e
aprofundar, praticando este princípio de humildade e de
comunhão com a sociedade, procurando, de uma forma
activa, ajudar os outros a viverem melhor, ajudando-os a
ultrapassar as suas dificuldades.
Esta convivência na microssociedade que é o coro, dá-nos
a noção exacta da forma como nos devemos comportar
perante a sociedade mais complexa que é a sociedade
dos nacionais e a outra ainda mais complexa que é a
sociedade multinacional em que nós vivemos, na casa
comum que é a TERRA.
Às vezes tenho-me perguntado se a “mentira piedosa”
que por vezes nos ocorre cometer ao escutarmos um coro
que se apresentou «sem conjunto, sem afinação, enfim,
por vezes, sem ser um coro» é a forma mais aconselhável
de ajudarmos os outros nossos companheiros de viagem a
trilharem o caminho do aperfeiçoamento através da música?
Esta é uma reflexão de que naturalmente nunca terei
uma resposta definitiva pelas implicações diversas que
uma outra atitude acarreta, mas que, por vezes, a responsabilidade
do que acontece não é exclusivamente dos
coristas está fora de questão, o que coloca o problema do
dispêndio de dinheiros, muitas vezes bem parcos, de uma
forma não útil ao grupo.
Ivo Reis Miranda
(Director da ACAL)
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